“Virei Gente”
Ao final da faculdade, quando decidimos a especialidade que seguiremos eu tinha algumas dúvidas e uma certeza: só me sentiria uma médica de verdade com a residência em Medicina Interna (especialização em clínica geral). Costumo dizer que na Residência Médica eu “virei gente”.
Naquele período aprendi a responsabilidade e a dádiva que é poder estar tão próxima das pessoas e servir de instrumento para auxiliá-las na busca de qualidade de vida e saúde. Compreendi que a partir daquele momento eu não era mais formada em Medicina e sim, Médica pelo resto da minha vida.
Nos últimos meses de residência fui contratada para trabalhar na Emergência do Hospital Mãe de Deus, que foi minha segunda escola. Ali tive contato com todos os tipos de doenças, das mais variadas especialidades e desenvolvi minhas habilidades em raciocínio diagnóstico, acolhimento do paciente, interação com diversas especialidades e trabalho em equipe.
Paralelamente iniciei atendimentos ambulatoriais, onde passei a acompanhar meus pacientes a médio e longo prazo também. Logo, passei a fazer parte da Equipe de Medicina Interna do HMD e fui coordenadora da Residência em Clínica Médica do Hospital Mãe de Deus. Esse período me possibilitou grande crescimento pessoal e contato com a educação médica. Considero que quem educa está sempre aprendendo.
Na minha prática clínica, vi que muitos pacientes apresentavam dores de difícil manejo. Foi então que resolvi me especializar nessa área fascinante e desafiadora que é a Medicina da Dor.
Atuei na linha de frente de atendimento a pacientes com COVID-19 com internação de aproximadamente 200 pacientes no primeiro ano da pandemia. Me considero privilegiada por ter tido saúde física e mental para realizar o meu propósito de lutar pela saúde e bem-estar de meus pacientes.
Hoje atuo quase que exclusivamente no meu consultório privado, com enfoque na Medicina da Dor e na Medicina Interna e me sinto feliz e realizada na minha profissão.